segunda-feira, março 19, 2007

Dez anos!!!

Dez anos!!!
Nasceste à 1h23m... 123...
E nasceu o André.
No dia do pai... o meu menino abriu os olhos e o coração a todos nós...
São dez anos, 10 velas...
Com um ano já te sentavas e batias palminhas...
Aos dois anos já andavas e nasceu a mana
Com três anos foste para o infantário
Aos quatro já davas pontapés na bola e andavas de bicicleta
Aos cinco, começas-te a nadar fora de pé
Aos seis começas-te a dizer as palavras mais perceptíveis
Aos sete entraste na 1ª classe
Aos oito aprendeste a dizer que não queres o que não gostas...
Aos nove vieram as primeiras frases....
E aos dez... bem, aos dez que é só hoje sentas-te à mesa e pediste tchim tchim...
E todos brindamos a que SEJAS MUITO FELIZ E QUE NUNCA ESTEJAS SOZINHO!!!
E só querias o bolo.... estavas tão feliz....
Estavas lindo, com o fato de treino do Benfica, com direito a chapéu e cachecol...
E pela primeira vez.... gritas-te
SLB.... SLB..... glorioso SLB.... enquanto agitavas o cachecol no ar....
Não olhei, mas imaginei as lágrimas a chegar aos olhos do teu avô...
Feliz dia também para ti papá... que todos nós te dêmos ainda muitas alegrias

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sexta-feira, março 16, 2007

Ternura



Ver o amor entre os nossos filhos é talvez uma das melhores sensações do mundo….
Na 4ª-feira, ao fim do dia, achei o André um pouco quente.
Mal disse que lhe ia tirar a febre, logo a Catarina largou tudo.
Ela abriu-lhe a cama, foi-lhe fazer companhia, disse-me:
"- Mãe, deixa estar que eu vou distrair o André para lhe tirares a febre…"
Claro que só complicou, porque foi buscar dois carrinhos e ele em vez de estar quieto já estava a tentar mexer-se…
Lá resolvemos tudo, ele não tinha febre e ficou tudo bem.
Ontem foi ela, que chegou com dores de garganta e começou a chorar com dores de cabeça.
Fui abri-lhe a cama (ela adora mimo quando está doente) deitei-a enquanto falava com ela e lhe tirava a febre para perceber o que sentia
O André veio para o pé de nós e perguntou-me?
Amanhã a mana não vai à escola? A mana está doente?
Não sei André… vamos ver…
Foi buscar uma cadeira, um livro e sentou-se aos pés da cama a "ler" uma história.
Ela adormeceu quase de imediato, mesmo sem jantar e dormiu a noite toda.
Hoje de manhã acordou bem disposta (felizmente) e foi para o sofá ver os desenhos animados.
O irmão foi logo a correr com o benuron e as gotas para o sofá, para "tratar" a mana…
Que ternura vê-los assim….

quarta-feira, março 14, 2007



Este livro é todo ele um testemunho.

Mais uma iniciativa do Cadin, que toca num tema tão importante para tantos de nós.

O que são os nossos filhos para os seus irmãos? O que sentem essas crianças que também são tão especiais, simplesmente porque nasceram numa realidade tão diferente da habitual...

O que sentem eles? Como pensam? O que são os irmãos para eles? Achei fantástico. Comprei. Estou a ler. É lindo. Choro em cada testemunho.

Uma grande salva de palmas, a todos voçês, IRMÃOS DIFERENTES, IRMÃOS CORAGEM!!!


“CRESCER COM UM IRMÃO «DIFERENTE»”



Em Portugal, estima-se que existam cerca de 100 mil crianças com atraso de desenvolvimento. Crianças que têm família, irmãos e irmãs, e foi a pensar neles que nasceu este livro com base na obra de Don Meyer - “Views from our Shoes – growing up with a brother or sister with special needs”.
Segundo o Director Clínico do CADIn, Dr. Nuno Lobo Antunes, “as crianças com deficiência humanizam a experiência de vida: pode-se errar, fazer disparates, esturricar porquinhos-da-índia, em suma ser-se menos que perfeito e, ainda assim, ser-se Bom. Com deficiência ou sem ela, irmãos são simplesmente irmãos, isto é: uma mistura de bulhas, cumplicidades, ciúmes, partilhas”. É exactamente destes aspectos, que com candura e sentido de humor, as crianças nos falam das consequências de se ter um irmão diferente.
“CRESCER COM UM IRMÃO «DIFERENTE»”, livro da autoria de Ana Aragão Morais e Carmo Teixeira Turquin, ilustrações de Joana Bonvalot e prefácio de Nuno Lobo Antunes, traz-nos os testemunhos de 38 irmãos, dos 7 aos 25 anos, que falam pela primeira vez, da sua experiência pessoal e familiar, da convivência no dia-a-dia, e das suas preocupações com o futuro.
As autoras concluem que, ”crescer com um irmão diferente”, seria mais fácil se as pessoas tivessem a abertura de acreditar, tal como muitos destes jovens nos ensinaram, que, no essencial, a “felicidade não é facilidade”.
Este livro foi apresentado pela jornalista Laurinda Alves em 4 de Novembro último, no auditório do CADIn, e tem a chancela da MediaJúnior (Medialivros).
A venda desta obra reverte a favor do CADIn e pode ser adquirida na própria instituição ou nas livrarias.

Faltam 5 dias...

Estás a despedir-te dos 9 anos meu filho…
Sinto sempre uma nostalgia estranha, quando fazes anos…
Uma parte de alegria por ires fazer mais um ano.
Uma parte de adaptação à tua realidade, versus aquilo que sabemos que são dez anos….
Uma parte um pouco triste, porque é como se estivesse a reviver todos aqueles momentos de há 10 anos…
Outra parte de auto-análise. Será que fiz tudo? Será que estive à altura? Será que consegui que estes 10 anos fossem bons anos?
Sinto que sim. Sinto que és feliz. Mas sinto que podia sempre fazer mais.
Da minha parte, filho vou continuar a tentar, que continues a ser feliz e que te consiga ajudar o melhor possível no teu desenvolvimento.
Tenho algum medo, confesso….
Nestes próximos 10 anos temos grandes desafios, ENORMES desafios.
Vem aí a adolescência.
A descoberta da sexualidade.
A barba
Já não te vou poder pegar ao colo.
Vais ter tanta força como eu.
Como vai ser com a Escola?
Como vais reagir a nível emocional?
Que ocupação terás?
Que grandes batalhas ai vêm… algumas consigo imaginar, outras não….
Sei que não estou preparada ainda… mas confio que na altura estarei.
Disseram-me uma vez que os melhores anos de uma criança "diferente" são os primeiros anos.
Na altura, não compreendi.
Agora compreendo.
Por isso o meu grande objectivo é fazer com que sejas tão feliz nos próximos 10 anos, como tens sido até agora.
E vou fazer TUDO por isso!
Sempre acreditei que eras guiado por anjos de Guarda. Quando um dia tentei saber o teu anjo da Guarda, fui surpreendida ao saber que enquanto todos nós temos um anjo da guarda referente ao dia do seu nascimento, tu não tens um. Mas sim TODOS.
Há apenas 5 dias do ano que são protegidos por todos, por aquilo que se chama: Génios da Humanidade
"As pessoas nascidas nos dias,5 de Janeiro, 19 de Março, 31 de Maio, 12 de Agosto e 24 de Outubro, possuem um jeito diferente de ser, porque são consideradas " divindades Kármicas" e tem o direito de escolherem o anjo que mais se adequar à sua maneira de ser."
Que todos os Anjos te protegam, meu filho!

segunda-feira, março 12, 2007

Eu Gosto é do Verão!!!



Eu gosto é do Verão
De passearmos de prancha na mão
Saltarmos e rirmos na praia
De nadar e apanhar um escaldão
E ao fim do dia bem abraçados
A ver o pôr-do-sol
Patrocinado por uma bebida qualquer…

Esta Canção cheira a Verão, férias e bem estar.
Este fim de semana despertou os sentidos, aqueceu a alma e fez-nos sentir saudades daquelas alturas em que estamos só nós, com o Sol, o mar, os passarinhos…. A natureza…
Foi assim que procurámos o nosso refúgio…. Um sitio onde há montes a cheirar a terra…. Onde as casas são flores raras que aparecem de vez em quando…
Onde podemos procurar praias menos conhecidas, onde ainda há uma imensidão de areia virgem de pegadas e que sabe tão bem…
Onde vamos para a praia e ouvimos esta e outras músicas, mas esta sabe bem, porque é mesmo assim que nos sentimos…. (tirando o escaldão, claro)
Ultimamente e devido a uma vida tão cheia, tão agitada, tão preenchida, cada vez nos sabe melhor esse cantinho perdido no nada, mas tão perto do Céu.
O Verão passado foi marcado pelo inicio do BodyBoard nas ondas alentejanas, que foi rapidamente adoptado por toda a família…
Este mês é preenchido por aniversários e as idas a essa refúgio não vão acontecer.
Mas o Sol está a chegar, anuncia uma Primavera, seguida de um Verão… hummmm

segunda-feira, março 05, 2007

PARABÉNS!!!


Ontem o meu pai fez 72 anos.
Não lhos dou.
Para mim ele é o meu pai, aquele que irá sempre estar ali para tomar conta de mim.
Aquele que tem ainda uns 40 anos.
Aquele a quem eu devo respeito e que ainda me pergunta se levo casaco quando está frio.
O meu pai ainda pensa à antiga.
Para ele só se compra um carro uma casa, se tivermos dinheiro para pagar a pronto.
Quem não tem dinheiro não tem vícios! Foi, é e será o lema da vida dele.
Para o meu pai, as mulheres são para arrumar a casa e tratar dos filhos.
Deu um grande passo em frente ao decidir que a filha podia estudar e trabalhar, mas até hoje acho que foi mesmo a sua única atitude revolucionária.
Deixou de me falar durante dois meses quando chumbei pela 1ª e única vez na minha vida.
Esteve contra mim quando me separei, até porque foi por minha iniciativa.
Nunca me deixou sair à noite, nem ter muitos amigos, nem falar ao telefone.
Mas também, nunca me deixou faltar nada.
Ofereceu-me um carro, mas tinha muito medo que eu conduzisse.
O meu pai desejava muito ter um rapaz.
Nunca mo disse, mas eu percebi.
Nasci menina e ele, que vinha de uma família de rapazes nunca soube muito bem como me tratar.
E sou filha única.
Quando soube que ia ser avô e que era um rapaz, eu podia ver a alegria nos olhos dele.
Finalmente, podia levar o neto ao futebol, finalmente vinha um rapaz a caminho.
O neto chegou.
E a filha que ele sempre protegeu teve de lidar da melhor maneira com uma notícia arrasadora.
E o meu pai também.
Numa altura da minha vida em que toda a família se lamentava, se sentia perdida e me fazia sentir perdida, o meu pai foi o meu único porto de abrigo.
Era a única pessoa, que apesar do grande sofrimento que eu sabia que tinha, conseguia, tal como eu, olhar em frente.
Era com ele que eu falava do que iríamos fazer, do que o que os médicos diziam.
Lembro-me de estarmos no café, os dois.
A minha mãe com o menino em casa e nós a planear as consultas, o desenvolvimento do André.
O André tem uma adoração enorme pelo avô.
O meu pai, que raramente dava um passeio comigo, muito poucas vezes brincou comigo, nunca teve paciência, transformou-se com o neto.
Nunca imaginei que ele fosse um avô tão presente.
Desde as idas ao médico, à escola às festas de aniversário e escolares.
O meu pai tem estado presente em todos os dias da vida dos netos.
Ele ralha com as professoras se não limpam os óculos ao André.
Ele passeia de autocarro com o neto.
Ele canta, brinca e tem uma paciência sem limites para os meus meninos.
Este fim de semana eles estavam com o pai.
Mas a Catarina lembrou-se de dar os Parabéns ao Avô e o André também falou.
A minha mãe diz que ele parecia um miúdo por os netos se lembrarem e lhe telefonarem.
À noite fui buscá-los e fomos todos cantar os Parabéns.
O André obrigou-nos a todos a dar muitos beijinhos e Parabéns ao avô.
Pai, desejo do fundo do coração que estejas connosco por muitos e muitos anos.
Não há palavras para te agradecer tudo o que tens sido.
Desejo muito que a tua vida seja preenchida de felicidade.
MUITOS PARABÉNS, PAIZINHO!